Memória II – Uma conversa com o diretor de teatro Henrique Simões

Em 2011 estava finalizando um projeto de Histórias em quadrinhos  – Bernardo Mascarenhas, um homem várias histórias, da Cedro e Cachoeira até os dias de hoje. Um título grande para falarmos sobre um grande empreendedor, a criação do Espaço Mascarenhas e do seu entorno que faz parte da história de muita gente em Juiz de Fora.

Mas quem foi Bernardo Mascarenhas?

Bernardo Mascarenhas nasceu em 30 de maio (1847-1899) e todo ano procuro relembrar a história do Bernardo Mascarenhas, vão perguntar: quem é esse cara ? O que ele fez de tão importante? Se formos pesquisar sua história logo vamos saber sobre a sua importância na história de Juiz de Fora, Minas Gerais e até na América Latina. Não é exagero já que ele construiu a primeira Usina Hidroelétrica da América Latina.

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detalhe da história A conquista – o início do CCBM

A terceira história do projeto de HQ que fizemos era A Conquista – Início do CCBM, com roteiro de Rose Valverde e Sonia das Graças Oliveira Silva, Storyboard – Sara maria Manso Siqueira, Ilustração – Rosangela Martins e Pablo de O. Fernandes e Colorização digital e letramento – Rose Valverde.

A transformação da Fábrica na criação do complexo do qual fazem parte o CCBM, Centro Cultural Bernardo Mascarenhas, a Biblioteca Municipal Murilo Mendes, o Mercado Municipal e o CEM. Esta história faz um paralelo entre o presente e o passado. A artista plástica Nívea Bracher, Décio Bracher e Henrique Simões contam como foi o início da história da transformação da antiga fábrica de tecidos Mascarenhas  no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas – CCBM. A preocupação dos artistas da época em preservar os espaços públicos os levou a fazer uma mobilização para preservar o espaço Mascarenhas. Saíram todos os artistas e pessoas participantes, como um bloco nas ruas, carregando faixas com os dizeres “Mascarenhas, meu amor”.

Nos quadrinhos são citados vários nomes de pessoas que lutaram pelo espaço cultural, desde simpatizantes da causa, artistas e até políticos. Podem baixar o arquivo gratuito dessas histórias na página: https://www.rosevalverde.art.br/projeto-bernardo-mascarenhas/

Hoje, em especial faço uma homenagem ao Henrique Simões,  ao publicar o registro que fiz em 7 de fevereiro de 2011 realizado na Casa de Cultura da Universidade Federal de Juiz de Fora.

“Simões foi não só meu professor de Teatro mas também foi um grande artista plural, irrequieto e crítico, mas, por isso mesmo foi importante para mim os momentos em que tivemos a oportunidade de conversar.”

Em 2011 Eu e Maurilio Souza nos reunimos com alguns artistas e abrimos um atelier coletivo em Juiz de Fora. Henrique Simões participou de várias atividades que promovemos no espaço do Atelier Ponto com Arte entre mostras, palestras e bate papos sobre Arte e Cultura.

Adicionei a esse vídeo algumas  fotos que resgatamos dos últimos anos em que convivemos com ele. Para quem só conhecia seu trabalho no Teatro vai poder conhecer algumas obras que estiveram expostas no espaço.

Alguns anos após nossa vinda de Juiz de Fora para Tiradentes soubemos que Simões estava doente e pudemos conversar com ele mas não conseguimos nos despedir. Simões partiu em 05 de outubro de 2018.”

Rose Valverde – Fevereiro de 2022