Restauração Artística – Museu do Crédito Real

Restauração Artística do Museu do Crédito Real,
em Juiz de Fora – Minas Gerais

 

Fachada do Edifício do Banco do Crédito Real - Restauração Artística - Museu do Crédito Real
O edifício eclético inicialmente de quatro pavimentos foi projetado pelo engenheiro arquiteto Luiz Signorelli, sendo construído entre os anos 1929 a 1931. As pinturas decorativas são de autoria do italiano Angelo Biggi. Os dois pavimentos acrescidos entre 1951 e 1952, são de autoria do engenheiro Reginaldo Arcuri. – Foto: Iepha

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O Prédio

A primeira sede localizava-se na Avenida Rio Branco, nº. 36, onde funcionava o Colégio Mineiro, e a segunda, instalada a partir de 1896, na Rua Halfeld, em um prédio de dois andares. Em 1928 a instituição comprou o terreno para construir a nova e definitiva sede.

Trata-se de um prédio eclético, projetado pelo arquiteto Luiz Signorelli e construído pela Companhia Industrial e Construtora Pantaleone Arcuri. As obras foram iniciadas em dezembro de 1929 e concluídas em junho de 1931. Apresenta características arquitetônicas semelhantes à de outros edifícios projetados por Luiz Signorelli em Belo Horizonte, a exemplo da Secretaria da Agricultura (1929), Secretaria de Segurança, Automóvel Clube e fachada do Instituto de Educação.

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Originalmente possuía três pavimentos, que foram posteriormente sobrepostos por mais dois, construídos em 1951 (4º pavimento) e em 1952 (5º pavimento) e projetados por Reginaldo Arcuri, diretor da Construtora Pantaleone Arcuri. Em 1964 foi elaborado projeto de acréscimo para uma instalação bancária no pavimento térreo e, em 1974 registra-se a intervenção no Salão Nobre.

Rose Valverde trabalhando na restauração das pinturas de Biggi Recomposição da pintura aonde havia uma porta inserida descaracterizando o projeto original - Restauração Artística - Museu do Crédito Real
2002 – Rose Valverde trabalhando na restauração das pinturas de Biggi. Na foto, vemos a recomposição da pintura aonde havia uma porta inserida descaracterizando o projeto original.

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Pintura de Biggi

A fachada é decorada com ornatos fitomorfos, dos quais sobressaem folhagens de frutos de café, em alusão à base do desenvolvimento de Juiz de Fora – que determinou o enriquecimento da classe rural, permitindo a organização de um sólido sistema financeiro local.

Na ornamentação interna, destaca-se pintura do italiano Angelo Biggi, responsável também pelas pinturas do Cine Teatro Central e da Associação Comercial. Companheiro de trabalho do arquiteto Raphael Arcuri, Biggi participou de trabalhos projetados e construídos por esse profissional, garantindo-lhes requinte, por meio de pinturas parietais e de forro.

Fechado por vários anos, o Museu do Crédito Real foi reinaugurado pelo Governador Itamar Franco em solenidade que prestou justa homenagem póstuma ao fundador José Tostes de Alvarenga Filho.

Antes, passou por um programa de revitalização, tendo todo o seu acervo higienizado, catalogado e inventariado, dentro das mais atualizadas normas de museologia. As exposições foram montadas de forma didática, e a reserva técnica encontra-se totalmente organizada.

Tombado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento da Prefeitura de Juiz de Fora em dezembro de 1992 e pelo governo do Estado de Minas Gerais, após um detalhado processo conduzido pelo Iepha em 2005, o museu também teve tombadas pela Comissão Permanente Técnico Cultural da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora as paredes de dois amplos salões, com pinturas parietais do artista italiano Angelo Bigi.

Fonte: http://www.cultura.mg.gov.br

Foto em destaque: Iphan